sábado, 22 de maio de 2010

Christiane Torloni em entrevista ao Diário de Pernambuco

"Não é todo mundo que vira loba"

Mais da nossa querida Christiane Torloni para o Diário de Pernambuco

Como era fazer a peça há 20 anos? O tempo pesa de alguma forma?

Eu era menos famosa e menos experiente. Neste sentido, o tempo é ótimo. Eu nunca poderia ser a Loba naquela época. Seria, no máximo, uma lobinha. Aliás, não é todo mundo que vira loba, muitos viram uma ovelha velha apenas. E como se faz para ser loba? Ser loba é enfrentar o desafio da vida de frente. É não desistir nunca. É continuar. Mas não simplesmente continuar. Ir em frente com coragem, determinação. Assumindo os desafios.

A peça se passa num teatro, com personagens que são atores. Existe aí um retrato do cotidiano de vocês, atores?

A peça não é sobre o cotidiano do teatro. Se fosse discutir a nossa vida no teatro seria um inferno. A peça se passa num dia específico. Ela pega um instante da vida dessa companhia, quando o circo pega o fogo. É isso que as pessoas querem ver: o circo pegando fogo. É por isso que os reallity shows fazem tanto sucesso.

Você e a Maria Maya foram mãe e filha na novela Caminho das Índias e agora estão no teatro como amantes. Como foi isso?

A Maria fez um teste para a peça há dois anos e depois ficamos sabendo que nós duas iríamos trabalhar em Caminho das Índias, fazendo mãe e filha. Então nós adiamos a peça para fazer a novela. Nesse tempo, a produção captou os recursos para o espetáculo. Acho interessante ter tido esses dois trabalhos próximos com a Maria. Acredito que o trabalho vai se acumulando, vai melhorando a interação. Eu trabalho há 35 anos com Tony Ramos, fazemos mais um casal no filme Chico Xavier. Temos uma comunicação bem melhor por conta da experiência acumulada.



Fonte: Diário de Pernambuco


Postado por: Deise (Deisoca)


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